segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Animais, Animais.... Irracionais?!?!?!

Carmen Sílvia Musa Lício

Sempre achei importante cuidar de pessoas, afinal, elas têm alma! Achava o cúmulo pessoas se importarem tanto em salvar os cachorros de rua, se descabelarem quando morriam... Com tantas crianças abandonadas, sofrendo maus tratos!

Ultimamente tenho me perguntado se não é melhor cuidar de animais; afinal, eles são mais gratos do que os "humanos".

Quando cuidamos das pessoas, muitas vezes, elas se mostram ingratas e acham que não fizemos “nada a mais que a nossa obrigação”, mesmo quando nos desdobramos e conseguimos “fazer mágica”, tirando soluções da cartola, para que elas tenham suas necessidades básicas de saúde atendidas...

Pois é, estava eu no posto de saúde onde trabalho, tentando encaixar uma usuária que havia triado e considerado necessário uma consulta médica “a curto prazo”, quando tocou o meu celular. Era a secretária da veterinária dos meus animais me lembrando do retorno de uma das minhas cadelas, a Núbia (por favor, creiam, nada pessoal; já a herdei com este nome, quando uma “amiga” disse não poder desocupar o imóvel que eu havia alugado para ela, não pagando por mais de dois anos, devido ao fato de não ter com quem deixar a “pobrezinha”, ao que respondi prontamente: “pode deixar que eu cuido dela!”)

Bom, continuei a trabalhar e me lembrei de um filme que assisti há algum tempo chamado “Vida de Cachorro” onde mostrava as agruras de um homem e o seu cão ao serem “ligeiramente” atropelados, e os cuidados do dono com o seu animal, incluindo raio-X, retornos, remédios... Mostrava ainda os cuidados recebidos pelo homem quando percebeu, após cuidar do cachorro, que também estava com dores e dificuldades para andar.


O filme é muito engraçado, pois o cão é prontamente atendido e deixado confortavelmente em casa aos cuidados da namorada do rapaz, enquanto ele tem que pegar fila para a consulta médica, fila para fazer raio-X, fila para retornar ao médico, fila para tomar o medicamento, fila para isto e aquilo, e, após a peregrinação pelo hospital durante todo o dia, ao retornar ao seu lar o telefone toca; sua namorada atende e responde ao telefone que está tudo bem e tal, e, quando ele pergunta se é o seu médico querendo saber como ele estava, ela responde que é o veterinário...


Pior ainda (sim, tudo pode piorar), quando ele, engessado, resolve sentar-se em sua poltrona preferida, e qual não é a sua surpresa ao ver que já estava ocupada pelo “melhor amigo do homem”, seu cão.

Atualmente, não tão atualmente, o valor das pessoas parece ter diminuído muito. Tanto, que o povo parece não merecer mais nada; daí o descaso das autoridades (ou seria ao contrário?). As pessoas tentam, em fila, um atendimento médico para as suas mazelas, que muitas vezes são sociais, e não conseguem... E continuam andando em busca de alguém que minimize seus males. E a burocracia é tão grande e tão ineficaz que, frente a tantos obstáculos, as pessoas acabam se virando contra as próprias pessoas que estão tentando ajudá-las, como se elas fossem as responsáveis por tanta ineficiência e infortúnio. Acabam, às vezes, se “rudimentando”, e, nessa “rudimentação” se tornando como os animais, irracionais.

Em contrapartida, os animais, quando percebem que estamos cuidando deles, nos olham de uma forma tão agradecida que até “parecem gente”!!! Demonstram gratidão, fidelidade, carinho, companheirismo... Ainda assim, são considerados irracionais... Será?

2 comentários:

  1. Carminha querida,

    Estou voando, como sempre, linda!

    Volto para te ler com calma, amiga!

    Vou te linkar à minha página, ok? Assim fica mais fácil de te achar. :)

    beijos,

    neli

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  2. Olá, Neli....

    Resolvi colocar aqui as minhas crônicas pois o outro site anda meio "prejudicado"... Assim as pessoas vão lendo aos poucos e conhecendo os meus escritos do fundo do baú...rs

    bjs

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